Do ferry-boat à imponente ponte Francisco Sá.

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== 1 = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = :::Pni:;=aá97= .. 4', • • ,, ....-.'"',. ,t , :, 4#-··* 4' '"". Do ''ferry-boat'' à imponente ponte "Francisco Sá" O probJ.,. ma da construção da ponte sobre o rio Paraná que t:ra atravessado por moroso e ineficiente serviço de ··ferry- boat" . mereceu atenção especial . da administração Arlindo Luz. que considerava aquela obra como de grande importância para a fer­ rovia. vindo a sua concretização integrar na comu­ nhão brasiJe jra o Estado de Mato Grosso , sem a ual a Noroeste falharia lament ave lmente à sua mis­ são estratégica e econômica e aos seus alevantados objetivos internacionais. Finalmente. em 1925, já na gestão de Alfredo de Castilho. deu-se um fato importante para a NOB, ou seja. a conclusão das obras da influente ponte sobre o rio Paraná. .com a extensão de 1.024 metros, cons­ tando de cinco vigas contínuas de dois vãos cada uma e uma viga tipo "cantelever" de 350 metros de comprimento. destinada a transpor o canal numa ex­ tensão de 150 m'!tros. A ponte. que recebeu o nome de "Dr. Fran­ cisco Sá", numa homenagem ao ex-ministro da Via­ ção, foi inaugurada oficialmente no dia 12 de outu­ bro de 1926. O serviço de "ferry-boat" (foto) que era execu­ tado antes da inauguração da ponte, constava de grandes chatas conjugadas aos pares, com tablados para cinco li nh as paralelas normais e com a capaci­ dade para receber um conjunto de cinco vagões. Es­ sas chatas eram comboiadas por dois rebocadores denom inado s " Cond e de Frontin" . com 200 HP e "Marechal Hermes". com 250 HP. E foi assim que a Noroeste venceu mais um obs­ táculo em sua caminhada em direção às fronteiras com a Bolívia e com o P raguai. • - ;-,_'",w ""f:,. _ '.".' ·+;;;,:<111-t«... · ,v·• , ; · . •1;: :;; :;.p; Yp.;; :; ; ;; ·;;; .·; •,;; . : ;; E grande ob táculo ao desenvolvime nto e_ ao pro­ g.re , princ ipalme nte _quanto a construçao da an­ hga Noroe te do B ra ti. Vamo• portanto , focalizar algo sob_re os tipos e costumes do índio coroados que dominavam a chamada "boca do sertão " , quando do início dos trabalhos da ex-NOB. hoje Superintendência de Produção de Bauru da Regional de São Paulo - RFFSA. roados utilizavam-se de flecha s e tacapes. A carn1fi. cina foi tremenda. As vítim as t i veram as ca beça , braços e pernas dece pados e os ve ntre s rasgados. Em 11 de março de 1910, os silvíco las ataca ram a turma 21. nas proximidades de Hector Legru (h oje Pro missão) . Quatro tr a balhado res foram assalt ados por mais de cem ía:id io s. Um deles f?i alvejado por certeira flecha . caindo mo rto. O feitor, enfre nt ou corajosamente os ín dio s e conseguiu escapar com dois co m pa n h e i ro s fe r i d o s . Os c o r oa d os apoderaram-se do mo rto , esquartejaram-no, le­ vando as pernas , os braços e a cabeça . Em 10 de maio de 1910 no quilômetro 255, os írdios tentaram assaltar a locomotiva ce um las t ro que por ali trafegava . O maquinista acelernu a mar­ cha, distan iando- e dos atacante.s. No d t:! seguinte pela manha, seguiu uma locomotiva com ssoal' para inspecionar aquele trecho . Lá chegand o, fo1 · também atacada por' numerosos coroados . Num trel cho de quase cinco quilômetros, os índios haviam danificado a rede te le gráfica, o leito da linh a e ateado foio aos do rme ntes . . . No dia lY de julho de 1910, o agnmensor Cris­ tiano Olsem e alguns trabalhadore.s prC?c urav am Esta foto mostra um dos acampamentos onde por algum tempo esteve instalada a comissão que muito trabalhou pela pacificação dos coroados. abrigo em uma casa de turma que havia sido,_aban­ donada devido aos constantes ataques dos md1os. isto nas proximidades de, A açatuba . l ne perada­ mente surgiu um grupo de md1os numa · gntan in­ fernal iniciou o ataque. Dois trabalhadores ca!fam gravemente ferido s. Outros dois abriram um bura co no telhado e de lá passaram a alvejar os índ ios. O ataque continuou até mesmo por parte de mulheres e cr ianças. Quando os coroados se prepa­ ravam para o ataque final, ecoou um apito de loco­ motiva. Os índios recuaram para o 111tenor da mata e os homens aproveitaram e, precipitadamente correram atrás do trem gritando e fazendo gestos para o ma­ quinista parar. Este, sempre passava pelo local em grande velocidade com receio de ser atacado. E o comboio desapareceu . Não tinham os trabal a ores percorrido 50 metros, qua do uma tl c a s1b1lou e foi ferir gravemente o agrimensor Cristiano Olsem que caiu no meio da linh a. Os companheiros não po­ dendo socorre-lo, continuaram a correr e de longe . viram os índ ios transportando o corpo de Olsem para a casa ·abandonada. Os trabalhadores chega­ ram aterrorizados a Araçatuba e narraram o acon­ tecido . Imediatamente uma locomotiva seguiu para o local com diversas pessoas armadas, mas encontra­ ram os três corpos carbonizados e a casa totalmente Coroa«los °" CUlpllp OI selvicolas que habitavam no ..sertão da No­ roate", chamados de caingangs ou coroados, eram, lhos de seus inimigos ou adversários. Quando faziam-nas prisioneiras, levaram-nas para as suas al­ deias e lhes era propiciado um tratamento idêntico queimada. Finalmente a pacificação tipos robustos e altos. Cada grupo obedecia a um dlcre, o .. rekakê" que, como os demais membros da tribo, trabalha para prover a subsistência própria, de suas mulheres e filhos. Era adotada a monogamia homens vulgares, porém os mais ousados po­ cliun ter duas esposas. A autoridade dos pais não cessava nem com a maioridade dos filhos e estendia-se; até deJ!OiS do ca­ Mmeato. Não se verificavam casos de uruão illcita e era proibido o casamento' entre tios e sobrinhos e até entre primos e primas. O cual, enquanto não tinha filboe podia separar-se definitivamente. O nasci­ mento de um só filho já b ava para que o casa­ meoco se tomasse indissolúvel. A fidelidade conju­ gal era absoluta. Quando as filhas chegavam a puberdade, os pais -entregavam-nas a um dos seus "caingués" que se in­ CWDbia de cuidar de sua manutençao até o dia do cuamcato. Desta forma, o fdho mais velho não po­ diacontrair matrimônjo antea da irmã. O coroado só podia cuar-ac quando soubesse manejar o ..cá", porrete ou guaranti e lidar com arco e flecha. 1 1 A mulhet caingang, quando atingida pela viu­ vez, recolhia-se a um lugar solitário durante vários dias. Evitava lançar o olhar sobre qualquer vivente, pc.>is u lhas vistas "'podiam produzir" malcffcios. Os illilllentoa eram colocados nas imediações pelos pa­ rema 41Ue tinham o cuidado ele não ser alcançados pelooUiar da viúva. Depois deste recolhimento, cJa ainda tomava severas precauç isto é pintava o rosto, os braçOI e o tronco com pv de carvão mistu­ rado com leite de certo cipó e rupava u sobrance­ lha. Com este disfarce, acreditava poder perfeita- . meRte enganar o espírito do morto, se porventura a procuraae para ir morar na sepultura. · aquele dispensado às suas esposas e tlhos. Eram hu­ mtldes quando contavam ·os seus fe1tos de guerra e jamais se vangloriavam de suas vitórias. Apesar de viverem em estado selvagem, eles possuiam a sua indústria em desenvolvimento. Fa­ bricavam balaios, pinças de madeira, tecidos-co m fi­ bra de taquara, pilões, vasos de barro, fios de fibra par a confecçao das tangas, panos de agasalho para; o frio, colares feitos com algumas sementes ou dentes de macaco, entremeados com presas ou gar­ ras de onça. Os contínuos ataques dos coroados Houve época em que os caingangs quase come- piram _,- ralisar, com os seus usaltos aos acampa­ mentos, continuos e •iolentos, os trabalhos de constru­ çio da Noroeste. O desânimo entre os operários, sem a menor i rantia de suas idas, lavrava intensa­ mente. Ex1g1arn eles a proteçao armada, sob pena de abandonarem os serviços. O empreiteiro da constru­ ção da Noroeste, Machado de Melo, comunicou ao Ministro da Aviação todas essas desagradáveis ocor­ rências e pedia urgentes providências. Por outro lado, as "batidas" dos bugreiros espa­ lhavam mais o ódio entre os índios, pois os bugrciros queriam apossar-se das terras e apnsionar os coroa­ dos para transformá-los cm escravos. Essas provõca­ ções· tomavam-nos ainda mais furiosos, razão porque os ataques eram_frequentes. As batalhas eatre íadios e ferroYiúioa o o No quilômetro 259, trabalhadores portugueses cm '27 de julho de 1908 tiravam dormentes para -leiJo da ferrovfa. As 15 horas foram inesperada­ mente cercados por numerosos índios e os trabalha­ Em 1910, quando a luta transformou-se numa verdadeira guerra e a construção da Noroeste estava ameaçada, foi iniciada a orianização do.Se!"'iço de Proteção aos lndios. O entao coronel Cand1do Ma· riano da Silva Rondon, chefe daquele departa­ mento informado da situação gravíssima, resolveu embar ar para a região turbulenta. Estudo a on.a ao longo da ferrovia e lateral entc: até o r_10 _T1ete, onde delineou o plano de pac1ficaçao dos s1lv1colas. Foi escolhido para realizá-lo o tenente Manoel Ra­ belo, tendo como principais auxiliares os tenente s Cândido Sobrinho e Sampaio. O plano Rondon previa, para a pacificação, aproveitamentQ dos serviços de alguns coroados ti­ rados do grupo já civilizado do Estado do P3:raná. Com o auxílio desse grupo, a comissão pret ndta en­ trar em contato com os abori enes, por meio de _pa­ lavras e de certos sinais familiares que eram feitos através de toques de buzinas e por um tipo de hiero­ glifos construidos com pauzinhos .e pequenos ramos de árvores. G G A esses índios juntou-se um grupo de uma f ­ zenda de Campos· Novos do Paranapanema, 9ue ti­ nha sido capturado, tempos atrás, pelo pr prto plrr prietário da gleba de terras e .com eles v to a ve a mdia Vanuire. Ela prestou enormes serv1ç s paraa ac ificação de seus irmãos de raça. DeseJava a ve­ ha india salvar da morte e da destruição o que ainda restava de seu povo. Os coroados atacavam, ininterruptamenJe, numa·frente superior a 250 quilômetros de extens ;r Desta forma os expedicionários encontraram 1-1 culdadcs para escolher um ponto que lhes servisse de melhor apoio. - . _ Para a estação de Hector Legru (Prom1ssao), se­ - -'-"'_... 0a caingangs não matavam as mulheres e os fi. dores, embora armade1s, não puderam reagir. Os co- guiu o tenente Sobrinho, a fim de estudar o terreno. Página 9 ;onstruçãc>·. pois aquela área estava seriamente ameaçada com OI ç00tinuos ataques. As.mm, ficou definitivamente RSOtvido instalar-se. ali. o acampamento, uma vez que o local era muito frequentado pelos índios. Dali foi iniciada a exploração do terreno cm torno e ao ser atingido o ribeirão dos Patos, distante dois quilô­ metro de Hector Legru, foram divisados na mata, caminhos que seguiam para vários pontos e foi en­ tio dccidjda a transfcrcncia d9 acampamento para is margens do referido ribeir ão. Vanuire, a velha índia, estava no acampamento e, com palavras e cantos de paz respondia, na lingua de seus ancestrais, as ameaças de guerra dos coroa­ dos que rondavam permanente e ameaçadoramente o acampame . Os membros da expedição, no cn- ibto, ' ncciam crh seus postos, confiantes no . 'to • 1ssão. começo de dezembro de 1911, foi cncon­ a a primeira aldeia caing_ang, pertencente ao po chefiado por um "rekake", CUJO nome , depois se soube, era Vauhin. O s índios, pressentindo a apro­ i i ·mação dos expedicionários, foram tomados de pâ- jco, não surtindo efeito os apelos de paz dos intér­ retes. Mulheres e crianças abandonaram a aldeia e anharam a mata em louca correria. AH foram dei­ ltados, pela expedição, machados, facões, espelhos e outros presentes . · Estava sendo seguido o lema de Rondon, com re,peito ao tratamento que se devia dar aos índios: "afrontar todos os perigos até a morte;. matar, nunca". e Jema foi contraposto à opinião de um ministro da Viação, que , receando a paralisação completa da construção da E.F. Noroeste do Brasil , devido aos 11,SSaltos dos coroados, aconselhou o extermínio pe­ las armas, cm massa , dos índios da região, idéia essa orosamcnte repelida. Após vários outros contatos, os trabalhos aca- aram interrompidos e só· em janeiro de 1912 foi or­ janizado o serviço-com doze coroados já civilizados, contratados no Paraná. Assim os serviços foram rei­ niciados cm fevereiro do mesmo ano e já nessa época, o acampamento dos Patos era bastante fre­ quentado por índios que ali iam se abastecer de ví­ veres . A paz no sertão da Noroeste O dia 19 de março de 1912 marcou o início para os entendimentos decisivos de paz em todo o sertão da Noroeste. Pouco- depois do meio dia apresenta­ ram no acampamento dez guerreiros coroados. Vi­ nham desarmados. Marchavam resolutos . Mostra­ vam sinais de que desejavam fumar o cachimbo d paz. A velha india Vanuire, percebendo a atitude pa- cifica dos dez guerreiros, não conteve o entusiasmo e caminhou firme ao encontro dos visitantes. Disse­ lhes que seriam acolhidos como irmãos e pediu-lhes que a acompanhassem ao acampamento. A cena foi verdadeiramente dramática produzindo forte emo­ ção entre todos os presentes . Estava, assim, iniciado um entendimento que fi­ nalizava uma guerra que durava cinquenta anos. Com essa decisão do "rekakê" Vauhin, outros gru­ pos compareceram ao acamp amento do ribeirão dos Patos e, assim , o . Serviço de Proteção pacificou o sertão e os trabalhos de construção da Noroeste do Brasil prosseguiram norm almen te. fodia Vanuire que teve decisiva participação no episódio da pa ifjc ção os coroados. Nas outras fo­ tos, alguns índios Já pacificados, e membros da co­ missão que -muito trabalhou para acabar com os trá­ cos ataques dos selvícolas. L..-.---- - - - --·tl; •.. ,'·-,..-. -. ,t: --' Turismo -na região servida pela Noroeste Bauru, cidade com aproximadamente 200 mil habitantes, influente centro comercial, industrial, agropecuário e universitário (11 Faculdades e apro­ ximadamente 35 cursos superiores) do Interior do Estado de São Paulo, é a sede da antiga E.F. No­ roeste do Brasil. hoje Superintendência de Produção de Bauru da Regional de São Paulo - RRFSA, cujos trilhos se estendem através de 25 municípios no oeste de São Paulo e 11 do sul de Mato Grosso, che­ gando ainda às fronteiras com o Paraguai e com a Bollvia: ., O território mato-grossense, repleto de pontos pitorescos, oferece hoje um campo turístico dos mais inteTessantes. razão pela qual está recebendo um fluxo natural de brasileiros que procedem de ou­ tros Estados. ávidos em conhecer regiões novas deste nosso imenso e rico Brasil. Portanto. para as próximas férias, o brasileiro que gosta realmente de viajar terá a oportunidade de realizar um belo passeio, com inicio em Bauru, par­ tindo pela Noroeste às 15.45 horas, até chegar em Corumbá no dia seguinte às 19,l7 horas, passando por ·diferentes cidades e observando novas paisa­ gens. No trem. contará com o tradicional atendi­ mento da equipe e. no carro restaurante, usufruirá de boas refeições. Os carros-dormitórios são dota­ dos de chuveiros para senhoras e cavalheiros e pos­ suem ainda outras acomodações que proporcionam ao passageiro uma viagem confortável, desde Bauru a Corumbá, numa extensão de 1.300 quilômetros, com a duração de 28 horas. . Durante a viagem, o passageiro terá a oportuni­ dade de observar belas paisagens. Verá, ao passar pela ponte "Francisco Sá" (sobre o rio Paraná), cuja extensão é de 1 .0 24 metros - divisa São Paulo e Mato Grosso - a fabulosa Usina de Jupiá. Sobre o rio Para­ guai. conhecerá a ponte "Presidente Eurico Gaspar Outra", que tem a extensão de 2.009 metros, verda­ deira obra de arte e orgulho da engenharia ferro­ viária nacional. Verá o monte de Urucum com toda a sua imponência. sendo uma.das maiores jazidas de manganes do mundo. Em Caradanzal, apreciará uma paisagem diferente, com a mata formada quase que exclusivamente de carandás, coqueiro ou pal­ meiras semelhantes a carnaúba e característica da região do pantanal. e a árvore "paratudo", rica em quinino. Campo Grande, é uma cidade que merece uma visita do turista. Um passeio pelos seus mais diversos setores é quase que obrigatório, principalmente à sua "Cidade Universitária". Seu crescimento vertigi­ noso e progresso incomprável, demonstram a pu­ jança do povo mato-grossense. Uma da'.s visita-s a se­ rem feitas é ao Museu do Índio, no Colégio "Dom Bosco", onde muita coisa poderá ser vista e apre­ ciada, num belo trabalho dos padres daquele tradi­ cional estabelecimento de ensino escolar campo­ grandense. Para os que desejam permanecer um dia em Campo Grande, a fim de que possam conhecê-la melhor, a Noroeste criou um trem noturno com poltronas-leito, cabinas individuais e duplas, que cir­ cula entre Campo Grande e Corumbá. Assim, o tu­ rista poderá viajar de Bauru a Campo Grande às 15,45 horas cuja chegada dar-se-á às 07,59 do dia se­ guinte, permanecer um dia na "Cidade Morena" para seus passeios ou negócios e à noite às 21 horas prosseguir para Corumbá onde che_ga às 06,40 horas do dia seguin te . Em Aquidauana. mais precisamente na locali­ dade de Bonito. poderão ser vistas famosas caver­ nas cuja visão é um espetáculo indescritível, assemelhando-se às paisagens dos cont.) de fada, com suas galerias cobertas de estalagmites I.! estalac­ tites, sendo. portanto, mais um dos atrativos ex; ten­ tes ao longo da região servida pela Noroeste. Salie, ­ tamos, no entanto. que Bonito fica fora das linhas da ferrovia e até lá. via Aquidauana, a viagem é feita em ônibus. . Em Corumbá. localizada no final da linha­ tronco da Noroeste. próxima a fronteira com a Bolí­ via, podem ser feitas visitas às seguintes atrações tu­ rísticas: Museu Regional do Pantanal Matogros­ sense; Posto Esdras, fronteira com a Bolívia; Mina s do Urucum : às instalações da Cia. de Cimento Itau de Corumbá: às grandes jazidas de calcário ao longo das margens do rio Paraguai e viagens pelo seu leito para conhecer as belezas do Pantanal; Forte Coim­ bra, situado dentro da área do município, obra mo­ numental dos tempos coloniais, construído a partir de 1.775 e reconstruído por Ricardo Franco de Al­ meida; visitas as fazendas de Nhecolândia e de Paia­ guás, confortáveis e bem montadas e passeio à Gruta do Inferno. nas proximidades do forte Coimbr a. Também de Corumbá, um passeio pode ser rea­ lizado à cidade boliviana de Porto Suarez, distante 20 quilômetros. Lá. um contato acontece com o povo boliviano. onde poderão ser adquiridos produ- tos artezanais etc. . Ainda pela Noroeste, o leitor poderá chegar à fronteira com o Paraguai, viajando de Campo Grande à cidade de Ponta Porã, localizada no ponto final do Ramal do mesmo nome. Ponta Porã oferece uma atração "sui-generis", pois fica exatamente na fronteira -e uma grande avenida é que a separa de Pe­ dro Juan Caballero. cidade paraguaia. O contato en­ tre os dois povos é normal. Atravessa-se aquela ave­ nida sem o problema de documentação e o turi ta, no Paraguai, poderá adquirir até 100 dólares em mercadorias de outros países , uisque, cigarro, pro­ dutos estes (duas unidades de cada) que nã, es ão incluídos nos 100 dólares. Há, inclusive, um cassino e bons hotéis. Considerando-se o movimento entre Campo Grande e Ponta Porã, circulam diariamente entre aquelas duas cidades: além do trem, modernas auto­ motrizes com serviço de bufete a bordo, ar condicio­ nado e poltronas reclináveis. A caça e a pesca em Mato Grosso são, também, grandes atrações turísticas, pois numerosas carava­ nas demandam à região mato-grossense do Rio de Janeiro, São Paulo. para' a prática destes esportes. Existe, em Corumbá, organizações especializad s em turismo e que proporcionam as pescarias no n Paraguai. No trecho de Piraputanga até •Aqu1- dauana, os passageiros são surpreendidos pela impo­ nência da serra de Maracaju. Para aqueles que são colecionadores e pesquisadores, destacamos visitas às tribos indígenas Guaic _urus e Terenos. A fim de que o usuário possa ganhar tempo em sua viagem, inclusive evitando maiores despesas de hospedagem, a Noroeste oferece diversas opções no que tange aos horários de trens e automotrizes, faci­ litando sobremaneira. Assim, Três Lagoas, Campo Grande e Corumbá poderão ser visitadas durante o dia, com as viagens realizadas à noite, podendo o passageiro escolher o tipo de acomodação, ou seja, poltronas-Jeito, cabina individual ou dupla. Salienta­ mos, no enta nto-, que nestas interrupções o passa­ geiro não faz uso apenas de um trem. São diversas as composições e, para continuar a viagem, há necessi­ dade da reserva com antecedência, da acomodação que desejar, principalmente na época de férias.

Sobre a coleção

Museu Ferroviário Regional de Bauru

Instalado junto à Estação Ferroviária, no centro da cidade Bauru, o Museu Ferroviário oferece ao visitante uma volta ao passado glorioso das ferrovias brasileiras, com exposição de fotografias, documentos, peças originais, maquetes e recriação de ambientes que remetem aos tempos da construção da NOB, até o final dos anos 30. Além de um passeio histórico através de curiosidades e peças de grande valor artístico, o Museu proporciona uma aula completa sobre a importância das ferrovias para o desenvolvimento econômico de Bauru e de todo o interior do Brasil.

Programa de Ação Cultural (ProAC) da Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo
Associação de Preservação Ferroviária e de Ferromodelismo de Bauru
Apoio
Secretaria Municipal de Cultura de Bauru
Realização
Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo